sexta-feira, 16 de julho de 2010

A Formação da Monarquia Entre os Hebreus.

Este Artigo é um breve resumo, do também breve período monárquico entre os Hebreus. Por sua tradição, eles seguiam a Aristocracia e ao tentar implantar a monarquia, se vêem confrontados com os desafios que os seus vizinhos já os experimentavam. Assim, se pode atribuir a procura de um sistema governamental diferente, como sendo fator determinante para a queda e término do governo independente de Israel.

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A Formação Da Monarquia Entre os Hebreus

Jacó teve 12 filhos, que viviam sob o sistema patriarcal. Cada um destes filhos desenvolveram suas famílias que se tornaram tribos que viviam próximas umas das outras, mas se mantinham independentes. Segundo Herbert, tais tribos só se uniam quando enfrentavam a hostilidade dos povos vizinhos.

Israel não existia como monarquia, era governada teocraticamente. Havia Juízes designados para julgarem e resolverem as questões judiciais que surgiriam. Também, não se tornaram organizados militarmente, pois confiavam a Javé a sua salvação, diante dos inimigos.

A primeira tentativa de estabelecer uma monarquia em Israel, fora com Abimeleque, que era Manassita da cidade de Ofra, mas também Cananeu da cidade de Siquém. Ele convenceu os habitantes de Siquém a abandonarem a aristocracia e adotarem a monarquia, centralizando o poder em uma pessoa, no caso ele. Formou um exército e dominou a força, a sua cidade natal, Ofra.

Essa tentativa de estabelecimento da monarquia em Israel, estava desde o início fadada ao fracasso. Devido justamente, a forma como tentou ser imposta. Embora já houvesse, entre os Israelitas, aqueles que almejassem a monarquia, esse processo teria que ser implantado por outros meios.

Com o passar dos anos, e até por observarem os povos vizinhos, os Israelitas se tornaram unânimes em quererem o estabelecimento de uma monarquia. Portanto, no ano de 1020, fora escolhido como rei de Israel, Saul. Este, era homem de guerra e realizou muitas campanhas contra os Filisteus, inimigos lendários dos Israelitas.

Saul, não precisou reorganizar as fronteiras das 12 tribos pois estas já estavam estabelecidas. Porém, a sua falha fora em relação a manter as tradições religiosas de Israel.

Por permitir a entrada de outros ritos religiosos, que não adoravam a Javé, Saul perdeu o apoio popular. Passou por momentos difíceis, sendo até mesmo acometido de certa demência. Após a sua morte, seu filho Isbaal, foi ungido, ou escolhido para se rei. A sua promoção fora feita por Abner, marechal do exercito Israelita. A única realização de Isbaal foi mandar um regimento inteiro de exercito, atrás de Davi. Que era ao mesmo tempo aclamado por alguns, como o substituto de Saul, no reinado de Israel.

Saul reinou durante o período de 1020 a 1000 a.C., sendo seguido por Davi que reinou de 1000 a 961 a.C.

Davi havia se tornado popular pelos seus feitos militares e também pelo seu talento em tocar harpa. Davi se casou com Mical, filha de Saul e se tornou grande companheiro de Jônatas, também filho de Saul.

A partir de certo período, Saul e Davi se tornam inimigos e Davi tem de fugir para salvar a sua vida. Ele arregimentou cerca de 400 homens e passou a viver entre os Amalequitas prestando serviços para o Rei.

Numa batalha contra os Amalequitas, Saul e Jônatas são mortos. Davi se muda para a cidade Israelita de Hebron, ali ele é aclamado rei, mas apenas por duas tribos do sul, Judá e Efraim.

Davi, porém, é hábil em convencer o povo a aceitarem-no como rei. Ele mantém as tradições religiosas, e demonstra grande carisma. Ordenou a morte de um Amalequita que acompanhava a Saul por ocasião de sua morte. Mais tarde, quando Isbaal é morto, ele, Davi, manda matar os dois homens que trouxeram sua cabeça, e também providência a remoção dos ossos de Saul para sua cidade natal. Após isso, Davi é também ungido pelas demais tribos, como rei.

Por causa da dualidade entre as tribos do norte e do sul, Davi, estrategicamente, arma um ataque contra Jerusalém. Captura esta cidade e manda transportar para lá a arca do pacto. Assim a cidade de Jerusalém passa a ter um aspecto de santidade e com isso também a um fortalecimento da união entre as 12 tribos de Israel.

Durante todo seu reinado, Davi teve que enfrentar muitas guerras, especialmente contra os Filisteus. Ele deu início também à construção do templo de Jerusalém. Enfrentou a rebelião de seu filho Absalão, que tentou tomar o poder, mas não fora bem sucedido.

Após a morte de Davi, Salomão se torna rei. Um dos grandes feitos fora a inauguração do templo, praticamente construído pelo seu pai, Davi.

No final do reinado de Salomão, houve uma divisão de Israel, entre o norte, dez tribos, com sua capital em Samaria. Esta durou até 721 a.C., sendo por essa ocasião dominada pelos Assírios. E por outro lado, as duas tribos do sul, com capital em Jerusalém. Estes são conhecidos como Judeus e perduraram até 567 a.C., quando então sucumbiram diante dos Babilônios e foram levados ao cativeiro.

Como isso se chegou ao final da curta monarquia de Israel.

2 comentários:

  1. Opa!! Silvón que MARAVILHA o blog !!

    MUITO MUITO BOM MESMO !!!

    Vou adicionar à lista de indicações no meu blog, mais tarde volto aqui pra ler.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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Por um momento estivemos juntos, ligados pelas ideias. Foi muito bom! Nos encontramos em breve! Tchau!

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