sábado, 24 de julho de 2010

A Reforma Gregoriana e os Cismas

Este Artigo é uma pequena analise dos acontecimentos na era medieval que é denominado pelos Históriadores como a Reforma Gregoriana. Este período é assim denominado por ter no Papa Gregório VII, seu principal defensor. É claro que, o que moveu esses eclesiásticos a empreenderem uma reforma tão grande, foi com certeza o desejo de ver uma moralização da igreja. Moralização essa que nunca aconteceu, pois nem sempre esses mesmos eclesiásticos reagiram como deveriam, e em muitos casos eles foram o problema para que efetuasse essa pretendida moralização. No final, o resultado foi um grande estremecimento da igreja católica, não por causa da reforma em si, mas sim por pequenas e até mesmo mesquinhas causas.
________________________________________________________________________

A Reforma Gregoriana e Os Cismas

Na reforma Gregoriana, tentou-se estabelecer a Hiérocracia, que era o estabelecimento da Supremacia Papal, acima do poder temporal. A igreja acreditava que pelo fato de serem representantes de Deus, estavam mais habilitados para exercerem um governo justo e que levasse as pessoas aos caminhos de Deus. Assim nos explica José Antônio Camargo Rodrigues Souza.

Os principais reformistas foram: Gregório VII, de 1021 a 1085; Clemente III, de 1161 a 1216; e Bonifácio VIII, de 1234 a 1303. A reforma era baseada, primeiro na revelação bíblica. Acreditava-se que certas passagens bíblicas como Mateus capitulo 16 e João capitulo 21, onde Jesus dava a Pedro as chaves simbólicas do reino e o incumbia de pastorear as ovelhas, dava direitos, ao papa, por ser sucessor de São Pedro, a exercer um governo sobre os homens. Segundo, havia o direito Romano de governar. Terceiro, o Neoplatonismo que era a filosofia de que a igreja era O TODO, era o instrumento necessário para estabelecer a união dentre os fiéis.

A monarquia Papal buscava assim, suplantar os governos dos homens comuns pelo governo eclesiástico, por acreditar que estes não estavam habilitados para dominarem o seu semelhante.

A reforma Gregoriana iria combater sintomas como a “Simonia”, que era a compra de cargos eclesiásticos. Também teria que enfrentar a “Investidura”, que era a designação feita pelo rei, a cargos eclesiásticos, como favor, ou recompensa a feitos a favor do reino, mesmo a alguém que não possuía o dom eclesiástico. E por último combateriam o “Nicolaísmo”, que era praticado por eclesiásticos que mantinham abertamente um relacionamento conjugal.

Dentre os ideais da reforma estava a libertação da igreja da tutela governamental e também a busca da espiritualização dos povos. Neste ponto, havia o desejo (Cluny) que era, primeiro espiritualizar a classe eclesiástica, mantendo no cargo apenas os que possuíam vocação para tal serviço. Posteriormente, pretendiam espiritualizar os povos.

Dentre os principais acontecimentos reformistas, podemos citar o que aconteceu em 1073, quando Gregório VII se torna Papa e tem como objetivo combater a investidura. Outro acontecimento importante foi a criação dos “Dictatus Papae”, em 1075, que eram ditados do papa, que visavam a normalização da Fé Católica. Em 1076, o rei Henrique V, que fazia uso da investidura como meio de buscar apoio político, é censurado pelo papa Gregório VII, e como não acatou a censura foi Excomungado.
No ano de 1077, Henrique V, pede perdão e é assim livrado da excomunhão. Mas, tudo mostra que seu arrependimento não era sincero, era apenas uma manobra política, pois o seu apoio por parte dos católicos ficara reduzido e assim ele ficou em grande perigo diante de seus inimigos. Agora que sua excomunhão fora retirada, ele continua com a pratica da Investidura. Essa atitude leva-o a ser pela segunda vez excomungado. Essa situação continuou até 1085, ano em que morreu o papa Gregório VII, e assim com outros sucessores no papado a questão da investidura deixou de ser combatida de forma tão veemente.

Anteriormente, no ano de 1054, houve uma rachadura nas bases da igreja, provocadas por causa da discussão sobre o uso de pães fermentados nas hóstias. Com isso, a um rompimento entre católicos do Ocidente e do Oriente. Passa-se a se denominarem de Igreja Católica do Ocidente e Igreja Ortodoxa Oriental.

Outro estremecimento causado na igreja católica do Ocidente se deu em 1378, com o empossamento de dois papas, um em Roma, e outro na França em Avignom. Isto se deu pelo fato de que na ocasião do seu papado, Clemente V, muda-se para Avignom, no sul da França. Após a morte de Gregório, os eclesiásticos elegem Urbano VI para que o papado volte e fique em definitivo em Roma. Porém, Urbano VI, não se dá com a maioria dos eclesiásticos, que por causa deste desacordo elegem Clemente VII, que se transfere novamente para Avignom, enquanto que Urbano continuou como papa em Roma.

Embora Gregório VII, que foi o principal interessado em resgatar essa espiritualização dos povos, não tenha visto o seu objetivo cumprido, séculos mais tarde, em alguns aspectos se conseguiu combater pontos frizados na reforma Gregoriana como a investidura e a Simonia. Embora não se tenha conseguido a espiritualização, nem dos eclesiásticos e muito menos dos povos.

2 comentários:

  1. ADOREI ESTE TEXTO ACREDITE ELE ME SALVOU TAVA LOUCO AKI SEM SABER O KI FAZER, TENHO PROVA HJ E TAVA RODEADO DE TEXTOS QUE DIFICIES E GIGANTESCOS QUE DIZIAM EXATAMENTE A MESMA COISA DO SEU ARTIGO. MUITO OBRIGADO, FOI BASTANTE ESCLARECEDOR.

    ResponderExcluir
  2. Que bom que meu texto pode te ajudar.
    Bons estudos pra você!

    ResponderExcluir

Por um momento estivemos juntos, ligados pelas ideias. Foi muito bom! Nos encontramos em breve! Tchau!

O SIGNO LINGUÍSTICO NO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO E DE SIGNIFICAÇÃO DA IMAGEM DO POEMA – UMA ANÁLISE DA POESIA DE GUIMARÃES FILHO - Parte 4

 4 DA LUZ À ESCURIDÃO E DE NOVO À LUZ – OS CAMINHOS DO POEMA EM “A ROSA ABSOLUTA” DO POETA GUIMARÃES FILHO Um poema começa [...]           ...