sexta-feira, 6 de maio de 2011

Sou Poeta do Dia, do Sol!

Sou do Sol! Sou Poeta do Dia!
Eu canto a minha aldeia
Buscando a Luz do Sol, generosa!
Que se infiltra em inúmeros cantos,
Fazendo brilhar a inspiração.

Faço-me Poeta que sofre sonhando
Nas entrelinhas de um poema,
Amando o cálamo que não cala.
Chega-me a inspiração ao lembrar-me de você,
Então um poema traz o tema.

Pensei numa poesia que tivesse alma,
E Poeta me fiz de pensamento,
Nesse entrelaço do calor da emoção
Que flui da luz do Sol, o intenso colorista.

Cresci Poeta! Fostes a inspiração de meus poemas,
Deste-me sonhos, incentivos e teus afagos.
Mas casou-se com o Sol, e nem me olhas mais.
E eu me acho aqui onde não tenho nada,
Mastigo as horas do dia, à noite me consome.

Sou apenas um flash de inspiração,
Um motorista na contramão.
Busco minha inspiração no calor da Luz.
O que me enleva e sustenta
É a arrebatadora loucura do brilho do seu olhar.

Meus poemas são pássaros
Que chegam não se sabe de onde
E pousam no livro do meu pensar.
Todo dia o milagre se repete,
O Sol me ilumina quando
Garatuja a inspiração banal,
Pois sou Poeta do Dia, dos sonhos coloridos.

A dama da noite se veste de Dia,
Na tentativa de provocar meu riso.
O Sol me convida a ver pela janela
Que afeita e me alimenta de Luz e de ar,
O sorriso do calor de suas entranhas.

O musico musicou o poema conciso,
Casou letra e melodia com inspiração,
Mas nada se assemelha mais aquilo
Que chamamos inspiração
Do que a alegria de sua volta
Trazendo-me Luz e calor.

Escondo-me dentro de um ovo,
Para que o calor possa me chocar
E carregar minhas mágoas,
E espero que o Sol possa secar minhas lágrimas.

Tenho andado silencioso, pensativo
E há muitas coisas novas em minha alma.
Busco os momentos de cor, Luz, calor,
Que me deram vida em abundância,
E que me sustenta e maltrata
E é fero quando fica noite,
Pois sou Poeta do Dia.

Apago as Luzes pra ver se você volta.
Infante eu durmo no calor aparentemente seco,
Atendendo a cama que me chama: Vem dormi!?
Sonhar com o vento que corta a janela
Na fraca Luz d’arrebol.

Não precisa ser Poeta para ver poesia
Em gente, coisa, passarinho, avião.
Preciso de forças para disputar com o Dia
A Luz que te procura com uma suave inspiração.
Que me importa a Luz da lua.
Quero a Luz do Dia!
Pois sou Poeta do Sol, do Dia!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Por um momento estivemos juntos, ligados pelas ideias. Foi muito bom! Nos encontramos em breve! Tchau!

O SIGNO LINGUÍSTICO NO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO E DE SIGNIFICAÇÃO DA IMAGEM DO POEMA – UMA ANÁLISE DA POESIA DE GUIMARÃES FILHO - Parte 4

 4 DA LUZ À ESCURIDÃO E DE NOVO À LUZ – OS CAMINHOS DO POEMA EM “A ROSA ABSOLUTA” DO POETA GUIMARÃES FILHO Um poema começa [...]           ...