domingo, 2 de outubro de 2011

Te vejo passando, me vejo chorando

O documentário “Nós que aqui estamos por vós esperamos” é uma memória do século XX. Este documentário apresenta as grandes mudanças, a solidão, às injustiças da guerra, os traumas, as humilhações, os desesperos, as ilusões, a perda das ilusões, as trocas, as mudanças de realidades. Ao assisti-lo tive a sensação de volta ao passado que quero esquecer. Descobri minha vergonha que não quero mostrar. Chorei pelo que fui e muito mais pelo que sou: um ser que não aprendeu do que passou.

Te vejo passando, me vejo chorando

Te vejo passando...
Te vejo passando...
Te vejo passando...
Te vejo passando!
Passando, passando,
Passando, passando...

Vejo os homens com euforia,
Aprenderam a criar ferramentas
Para facilitar o seu dia.
O tempo passa...
Vejo as estáticas ferramentas,
Aprenderam a criar homens,
E os movimenta, e os atormenta.

Pelas ondas sonoras eletromagnéticas
Eu te sintonizo em meu coração.
Você me faz pisar na lua,
Alimenta meus sonhos, me dá a solução.
Você cura os meus males,
Lança no espaço às cinzas
Do que sobrou de nós.
Já não há mais nós esperando por vós.

Com meus sonhos de grandeza
Hei de conseguir dominar o mundo.
O tempo passa...
Onde foi parar minha arrogância?
Minha voz não se ouve em casa,
O que eu falo não tem importância.

Te vejo passando...
Te vejo parando...
Te vejo parando!!
Bbbuuuuummmmmm!!
Bbbuuuuummmmmm!!
Ouço o silêêêêêênnnncio!!
Ouço o silêêêêêênnnncio!!
Choro sem láááágrimas.
Choro sem lágrimmm...

O amor durará para sempre, Hanz!
O amor é perfeito, Anna!
Anna envia com carinho
Todo o trabalho de suas mãos leves.
Hanz com emoção distribui
O esforço de sua amada.
Uma explosão... Onde está Hanz?
O tempo não passa...
Te vejo parando, parando, parando!

O tempo não para... Passa... Acaba!
Divido meu tempo pra ficar com você:
Primeiro eu trabalho (trabalho).
Depois me divirto (trabalho).
E por último descanso (trabalho).
O tempo não para... Passa... Acaba!

Te vejo sempre com essa paranóia,
Com poucos amigos,
Com mania de grandeza.
Em tirania queima os livros que guardei,
Faz a guerra e destrói meus sonhos.
Protesto! Reinvidico! Luto! Morro!
Degenerado, você me queima,
Viola meu corpo e apaga minha alma,
Desonra-me, faz como fez com Makiro.
Mas, o vento divino a de me vingar!

Te vejo passando...
Te vejo parando...
Te vejo perdendo os sonhos...
Te vejo acabando!
Choro, choro, choro, choro!!!!

Por: Silvon Alves Guimarães
http://www.silvonguimaraes.blogspot.com/

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