sábado, 7 de abril de 2012

Madrugada


Ainda é madrugada e se levanta,
Não consegue mais dormir, aliás,
Não chegou a dormir.
O seu pensamento vai a uma
Só direção, tenta chegar onde
Está o seu coração.

Quem dera se o seu amado estivesse ali!
Toda sua angústia, todo o seu vagar seriam
Então, transformados em uma explosão de
Sentimentos que não seriam contidos pelos
Pudores debilitantes.


Com o coração apertado,
Que não cabe dentro do peito,
Sai caminhando até o riacho.
Pára!
Sente o frio que vem lhe acalentar o corpo,
Pensa em mim!

Não tem medo do lobo ameaçador da solidão,
Mas em meio ao silêncio, só pensa em ouvir
Bem alto a nossa música,
E me ver acenando da janela.

Seus passos a conduzem pelas nuvens
Que circulam por entre seus desejos e
Perguntas ao riacho, que lhe responde em
Um murmúrio indecifrável.

Gostaria que eu estivesse ali e
Pudesse aquecer os seus pés.
Enquanto pensa sente um frio arrepiante
E vai se sentar junto à lareira.

Distante
Trago nas mãos o perfume das flores
E um poema que fala de amor.
Escuto nossa música e gosto de pensar
Que cantas pra mim. Gosto de imaginar
Que estejas em meus braços na
Madrugada fria em que os raios de luz
Vem nos saudar.

Não temo o lobo ameaçador da solidão,
Mas mesmo assim deixo escapar uma
Lágrima solitária na madrugada
Silenciosa e fria.

Sou poeta triste,
Minha poesia perdeu a graça.
Fico sozinho na madrugada,
Te sentido em mim.
Ouvindo o som das águas puras do riacho
Que me responde com um murmúrio
Que só eu entendo, pois só ele me entende.

Pensando,
Sinto um frio arrepiante
E vou me aquecer debaixo do adredon
Que tem o seu cheiro e o seu sorriso.

Por: Silvon Alves Guimarães
http://silvonguimaraes.blogspot.com/


IRA! e Pitty - Eu Quero Sempre Mais!

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