terça-feira, 4 de agosto de 2015

Escrever com Atitude: 15 coisas que deve evitar para melhorar sua escrita.


Muitos livros, blogs, artigos e revistas na atualidade, tem sido escritos com a intencionalidade de autoajuda.  Confesso que não sou muito adepto desse tipo de leitura, porém, me chamou a atenção um artigo de um blog com título em espanhol: Actitud escritora: 15 cosas que hay de dejar de lado para escribir mejor. Tratava-se da tradução de um artigo em Inglês que tem o título: 15 Things You Should Give Up To Be Happy. O artigo em Inglês traz dicas sobre como ser feliz no casamento e o tradutor para o espanhol adaptou, o texto, com dicas de como escrever melhor e ser feliz fazendo isso.
 
Achei o artigo de muito bom gosto e com sugestões interessantes. Decidi traduzi-lo para o português, pensando nas pessoas que, como eu, se dedicam a escrever, seja como passatempo ou profissionalmente.
 
Para quem desejar ler a versão espanhola ou o original Inglês, podem fazê-lo clicando nos links abaixo:
 
 
 
15 coisas que você deve deixar de lado para escrever melhor, e quem sabe ser mais feliz escrevendo.

1.    Renuncie a necessidade de ser o melhor do seu grupo. Escrever é uma questão de criatividade e a criatividade se alimenta, em partes, do ego. Os escritores amam seus textos, seu estilo, seu gênero, e não raro, tendem a menosprezar os outros se colocando num lugar superior. Em todo grupo de pessoas é irrefutável o desejo, do escritor, de estar acima, de ser a referência. Ainda que nesse momento não o seja, o escritor pensa com ele mesmo, que é injusto o lugar em que se encontra, que deveria ser o primeiro e que tem qualidades melhores do que o outro. Mas, esta atitude não tem nada a ver com a melhoria da escrita, é simplesmente uma questão de posição. Que diferença fará, para seus escritos, se você é o primeiro ou o sexto? Será que seu ego é tão grande assim?
2.    Renuncie a sua necessidade de controlar tudo. Temos a necessidade de controlar tudo que colocamos sobre o papel (estrutura, eventos, linguagem, sintaxes). Deixe que sua escrita flua sem críticas, sem controle, sem censura prévia. Haverá, depois, um tempo para que sejam feitas as revisões e as correções necessárias, mas no momento da criação deixe-se levar. (Deixando as coisas irem, permites que tudo se faça. Ganham o Mundo aqueles que relaxam. Mas é preciso tentar, tentar e tentar novamente. Lao Tse)
3.    Deixe de culpar outros. Renuncie a necessidade de culpar aos outros pelo que você escreve ou deixa de escrever, pelo que produz, pelo que abandona. Não dê poder aos outros sobre suas produções e comece a aceitar a responsabilidade sobre seu tempo de escrever, sua dedicação, suas preferências e seus textos.
4.    Deixe de ter atitude autodestrutiva e de falar mal de seus textos. Quantas pessoas menosprezam a si mesmas por causa do pensamento negativo, baixa estima e mentalidade autodestrutiva? Não acredite em tudo que sua mente diz sobre você (em especial se for negativo e contraproducente). Você é melhor do que isso e o fato de sentar-se regularmente para escrever já mostra isso. (A mente, se usada corretamente e espetacular. Porém, com um uso impróprio se torna muito destrutiva. Eckhart Tolle)
5.    Não tenha Limites de criatividade. Pensar que há coisas que você não pode escrever limita seus textos. A partir de agora não permita que suas crenças, seus pudores, seus medos capturem sua criatividade. Tudo se pode alcançar por meio de esforço e dedicação. O difícil pode ser alcançado. O que parece impossível, leva mais tempo, mas também pode ser alcançado.
6.    Pare de se queixar. Deixe de ficar se queixando das coisas, das pessoas, das situações e dos acontecimentos que te impedem de desfrutar de sua paixão por escrever. Ninguém pode fazê-lo infeliz, nenhuma situação pode impedi-lo de fazer o quer e desfrutar disso, a menos que você o permita. Não são os acontecimentos que provocam esses sentimentos em você, mas sim a forma como você escolhe sentir-se diante desses acontecimentos. As queixas incrementam a negatividade. Nunca subestime o poder do pensamento positivo.
7.    Esqueça as criticas mal-intencionadas. Pare de criticar agressivamente os livros, gêneros, histórias ou escritores que são diferentes dos seus e dos que você gosta. Todos somos diferentes, mas no final todos somos os mesmos. Todos queremos ser felizes escrevendo, no final se trata exatamente disso. Todos queremos ser compreendidos, queremos comunicar-nos, queremos transmitir nossas ideias e queremos fazê-los do nosso jeito.
8.    Renuncie sua necessidade de impressionar. Deixe de tentar tão intensamente escrever algo que simplesmente você não sente, somente para se parecer com outro escritor. Não funciona assim. No momento em que você deixa de tentar ser como outro, que deixa cair as máscaras, que aceita e abraça o seu verdadeiro eu, encontrará a sua voz e com ela os seus leitores, e isso, sem muito esforço.
9.    Renuncie a inércia e a sua resistência a mudanças. Ninguém é o mesmo que era ontem, com os textos acontece o mesmo. A mudança é boa, nos faz incorporar novas ideias e pontos de vista, nos faz evoluir. A mudança te ajudará a alcançar melhoras em sua forma de escrever, levando em conta aspectos que antes lhe escapavam. Se realmente prestamos atenção e vamos assimilando os conhecimentos novos, a mudança será uma evolução. (Siga buscando a felicidade e o universo abrirá portas onde só havia muros – Joseph Campebell)
10. Esqueça os rótulos. Deixe de rotular todas as coisas que escreve, as histórias que lê, os escritores novos ou aquilo que a principio não compreende, como algo estranho, louco ou simplesmente errado. Procure abrir sua mente pouco a pouco às diferentes formas de expressão, às diferentes formas de transmitir ideias e sentimentos. Sua mente só funcionará a 100% quando estiver totalmente aberta. (A forma mais elevada da ignorância é quando alguém rejeita algo do qual não sabe nada – Wayne Dyer).
11. Renuncie ao medo de se expor. O medo é só uma ilusão, não existe, você é quem o cria. Tudo está em sua mente, criando limites e te censurando. Se der o seu melhor e se esforçar em escrever do seu jeito, o resultado será satisfatório e terá motivos para se orgulhar. (A única coisa que temos a temer é nosso próprio medo – Franklin D. Roosevelt).
12. Pare de inventar desculpas. Identifique-as e elimine-as de sua rotina. Não precisa mais delas. Muitas vezes nos limitamos, nos damos pouco tempo para escrever ou evitamos a história que realmente queremos contar, por causa das muitas desculpas que temos a nossa mão, prontas para serem usadas. Em vezes de crescermos e trabalharmos para melhorar nossa escrita, nossa história, nossos textos, ficamos presos e mentimos para nós mesmos usando todo tipo de desculpas possíveis, que em 99,9% das vezes, nem sequer são reais.
13. Abandone o passado. Eu sei, eu sei. É difícil. Especialmente quando parece que no passado escrevíamos com mais fluidez, com mais ímpeto, tínhamos milhões de ideias na cabeça e parece que agora formou-se um bloqueio em nossa mente. Mas, você deve levar em conta que o momento presente é tudo que temos e é o que sempre teremos. Deixe de enganar a você mesmo: O melhor momento para escrever é agora mesmo. Tenha uma visão correta do futuro, prepare-se para ele, mas sempre comece a escrever agora.
14. Abandone o seu apego a sua antiga forma de escrever. No momento em que você se soltar de sua escrita de anos atrás, de suas condições, suas manhas e vícios, seus textos se tornarão fluidos, constantes e criativos, ao ponto de te surpreender. Você pode chegar ao ponto de compreender as coisas que fazia mal e corrigi-las, melhora-las, sem estresse, sem mal-estar. Seu melhor e mais implacável crítico construtivo deve ser você mesmo e quando for capaz de identificar os defeitos em sua escrita será também capaz de supera-los.
15. Pare de escrever segundo as expectativas dos outros. Muitos escritores tentam criar uma obra que não é sua. Procuram escrever de acordo com o que outros pensam; tentando agradar seus parentes; seus amigos; seus inimigos; seus professores; seus governantes e os meios de comunicação, ignorando assim sua voz interior. Estão tão ocupados escrevendo sem alma, para agradar ao mundo a sua volta, tentando estar à altura das expectativas das outras pessoas, que perdem o controle sobre suas histórias. Deixam de desfrutar o prazer de escrever o que gostam, o que necessitam, o que querem. Esquecem de si mesmos. Você quer comunicar-se, escrever essa fantástica história que tem em sua cabeça, do seu jeito? Então, não deixe que as opiniões dos outros te desviem do seu caminho. Em nossos textos, como em nossa vida, vamos acumulando coisas, umas úteis e outras pesadas e sem utilidade. Saber distingui-las e ir liberando o lastro é o que nos torna sábios.

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