quarta-feira, 21 de julho de 2010

O Início da Idade Média: Do Fim do Império Romano à Consolidação do Mundo Carolíngio."


Este artigo descreve o Final de um dos maiores impérios que já existiu, o Império Romano. Também descreve, como os Germanos (Bárbaros), embora não fosse organizados em uma forma governamental, conseguiram subjugar e por termo ao maior império existente. Mas como todo reino que se preze, os Germanos tiveram muitas dificuldade na sua adaptação ao "mundo civilizado". Passearemos também pelo Império Merovíngio, chegando finalmente ao Mundo Carolíngio.
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“Teor de Violência”, é assim que o historiador Holandês Johan Huizing, descreve o mundo que termina e o que começa com o fim do império Romano e a perpetuação dos povos Germanos (Bárbaros).  Para George Dubbi, também aquela sociedade fora marcada por extrema violência da parte dos povos invasores.
Neste contexto, se descreve os povos, que do ponto de vista dos Romanos, são tidos como Bárbaros. Essa descrição refere-se à natureza dos empenhos militares desenvolvidos pelos povos Germanos. José Rivair Macedo, nos fala sobre serem povos que viviam em tribos, e sua sobrevivência dependia essencialmente da guerra e do saque que esta lhes proporcionava.

A descrição de povos Germanos refere-se aos: Escandinavos (Anglos, saxões, jutos, etc.); Germanos Ocidentais (Francos, Burundios, etc.); Germanos Orientais (Vândalos, Alanos, Alamanos). Mais tarde se juntou a esses povos os Hunos, que eram povos vindos das estepes Asiáticas.

Todos estes povos Germânicos e os Hunos tinham natureza nômade, não estavam organizados socialmente, nem possuíam uma administração política. Eram povos que não dominavam uma forma escrita. Para Tácito, estes povos aceitavam um rei na época de guerras apenas. Geralmente eram grupos de jovens liderados por uma pessoa mais experiente. Tal grupo fazia então incursões contra os inimigos. Terminadas as batalhas, eles se juntavam a outros povos que por ventura estivessem em guerra. Como recebimentos dividiam entre si os saques que ali fizessem. Eram povos que provocavam a guerra, por ser o seu meio de vida. Não trabalhavam jamais a terra. Ora, porque iriam trabalhar a terra, se podiam conseguir muito mais matando pessoas? Este era o espírito que permeava entre os povos Germânicos.
Com esta descrição Germânica em mente temos uma idéia do que os Romanos enfrentaram.

O império Romano começa seu declínio a partir do final do século III. Com um império muito grande, havia a necessidade de uma mudança militar. Assim, os Romanos passaram de uma postura de ataque para uma defensiva, formando duas linhas militares. Uma que ficava nas fronteiras em defesa do limes, e outra linha militar era para defesa do interior.

Com a reforma militar veio à dificuldade para manter o exército. Como solução, fazia-se a divisão de lotes para manter os soldados. Este e outros fatores governamentais fizeram com que o império tivesse um declínio. Em 357, houve a batalha na região da atual Alemanha, sendo esta a última grande vitória Romana, comandada por Juliano, o pagão. Em 378, ocorreu a batalha em Adrianópolis, entre o general Valente e os povos Ostrogodos e Visigodos. A seguir em 451, aconteceu a batalha de Gália, onde Aecius se uniu com os Visigodos e conseguiram vencer os Hunos, expulsando-os definitivamente. Por fim, no século V, os Romanos tiveram que aceitar que haviam sido subjugados terminantemente pelos povos Germânicos.

As invasões Germânicas podem se dividir em três etapas: a primeira, bem traumática, marcada pela violência da dominação. A segunda e a terceira etapa foram bem menos traumática, pois já encontrava o império Romano fragmentado e no seu fim.
Após as três etapas, houve a dificuldade de sobrevivência e estabilização por parte dos povos Germânicos. Apenas os Francos e Visigodos conseguiram sobreviver ao choque cultural e estatal. Também, havia a dificuldade de adaptação a vida social, a cultura e a religião Romana. Os povos Germânicos, pelo fato de comporem apenas 5% da população conquistada necessitavam fazer grandes ajustes, o que José Rivair, chama de “Romanização”. Entre as adaptações feitas estava a adaptação a política Romana, com seu sistema que já funcionava. Também eles, adotaram o latim como língua oficial. Seguiram o modelo administrativo Romano e por fim adotaram o código de leis que já vigoravam entre os Romanos.

Neste ponto começa a se destacar os Francos, formando o império Merovíngio. Clovis estabelece a união de duas tribos e começam a ganhar importantes batalhas. Em 486 a.D., vence Siago e Galo. No ano 500 a.D., consegue importante vitória sobre os Visigodos. O reino Merovíngio é então dividido entre seus três filhos: Thierry, Childeberto, Clotário I. Estes buscam apoio para si doando terras, o que provoca um enfraquecimento do reino. Por fim o império Merovíngio chega ao seu fim.
Carlos Magno assume o reino. Em 742 se casa com a filha de Astolfo Desidério, rei dos Lombardos. Com a morte de seu irmão Carlosmano, ele repudia sua esposa e a devolve a seu pai. Mais tarde ele se envolve em uma guerra contra Astolfo Desidério, seu ex-sogro. Ao vencer a Astolfo, Carlos Magno se proclama rei dos Lombardos. No ano 800, ao ir a Roma, o papa Leão III o corou como o imperador Romano Cristão do Ocidente.


Com a morte de Carlos Magno, em 814 a.D. Luis, o piedoso assume o trono. Com supeita de ter uma doença terminal, ele cria uma lei colocando seu filho Lotário II como imperador e dividi as terras com seus outros filhos. Quando não se confirma a suspeita de sua morte, Luis, quis assumir novamente o trono, porém, seus filhos resistiram e houve o inicio da guerra civil, que contribuiu ainda mais para a fragmentação do reino Carolíngio. Com a morte de Luís, seus filhos criaram o tratado de Verdun, que visava resolver as questões de terra entre eles. Cada um dos filhos de Luis continuou com a prática de doar terra em busca de apoio, o que contribuiu para um rápido declínio do império e o fortalecimento do Feudalismo. Com isso chega ao final um reino que fora conturbado durante toda sua existência.

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