Se hoje estou na Jailhouse
É porque um dia acreditei que era possível
Voar pelo espaço azul, sem restrições,
Simplesmente voar desconsiderando
As Leis arbitrárias e limitantes que impõem
Aos corações as rotas definidas
Que nem sequer passam próximas
Ao verde e ao azul.
As correntes que me prendem
Deixam-me daltônico, impedindo que eu veja
A mistura de cores, onde o vermelho se une ao azul
Para causar toda transformação que poderia trazer
A cura para as mentes que sofrem de perturbação
Devido à intensa exposição ao lado vermelho
Da mistura cósmica.
Se não vejo as cores,
Como poderei ter tato para os sentimentos?
Você extrai corantes do Porfírio
E pinta as vestes imperiais e clericais
Mas me deixa somente os tons cinzentos
Que não expressam outra coisa a não ser
Minha melancolia.
Toque-me com o amarelo que pode me revitalizar
Ou quem sabe com o vermelho, que me faria
Querer sempre mais de você.
Busco o azul. Busco o infinito.
Busco o ideal. Busco o sonho.
Agora sou leve. Agora vôo.
Agora vejo por baixo de mim mesmo.
Se quiseres um amor, prende-me a ti.
Mas saiba que ainda não rompi com os grilhões
Que me prendem a tristeza da cor púrpura extrema.
Não sou maluco.
Mas tenho certeza que o motorista do táxi
É um elefante cor de rosa.
O outono desabou sobre as flautas-azuis
Da casa azul com portão lilás.
Um mistério que só você poderá solucionar
Com sua mistura mágica e seu pó metafísico.
Sinto que esse lugar não é pra mim.
Tenho uma ferida que não se cura,
Que se abre cada vez que o brilho do púrpura
Reflete na capa verde e branca da minha
Bela estupidez.
Em minha Jail, observo um azul-claro amarelado,
Que se expressa através de um magnífico poema
Que eu já não sinto.
Estou só no meio de tantas pessoas
E por isso, busco chegar à lua,
Pois lá, reside o amor que se aventura por suas
Cores e brilho. É essa loucura que me fascina,
É essa falta de entender que busco.
Por: Silvon Alves Guimarães
Neste blog deixo registrado o que penso, o que sinto e o que não gostaria de sentir. As vezes posso parecer complicado, então olhe mais de perto e você verá que sou igual a você. Se você se aceita, me aceite também.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
O SIGNO LINGUÍSTICO NO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO E DE SIGNIFICAÇÃO DA IMAGEM DO POEMA – UMA ANÁLISE DA POESIA DE GUIMARÃES FILHO - Parte 4
4 DA LUZ À ESCURIDÃO E DE NOVO À LUZ – OS CAMINHOS DO POEMA EM “A ROSA ABSOLUTA” DO POETA GUIMARÃES FILHO Um poema começa [...] ...
-
Fichamento Citação ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofia da Educação. São Paulo: Moderna, 1996. pp. 14-76. Capítulo 1 Cultura e ...
-
Fichamento Citação LIBÂNO, José Carlos. Uma escola para novos tempos. IN: Organização e gestão da escola: teoria e prática. Goiânia: ...
-
PROJETO “CLUBE DA LEITURA” Silvon Alves Guimarães silvonguimaraes@hotmail.com http://silvonguimaraes.blogspot.com Propostas de...
Seus comentários são animadores... E sua poesia é essa "falta de entender" que diz buscar!
ResponderExcluir