sábado, 30 de março de 2013

GÊNGIS KHAN, O Grande Imperador Mongol


O filme “Gêngis Khan, a lenda de um conquistador”, conta a história inicial da vida de Temudjin (1155-1227), que em 1206 d.C fora proclamado o Gêngis Khan (Khan universal). Quando em 1187 Temudjin se juntou aos Mongóis, eles prontamente o designaram seu Khan. Em 1202 Temudjin lidera os exércitos Mongóis e derrota os Tártaros, recrutando-os para o seu exército. A partir de 1207, já proclamado o Gêngis Khan, começa a incursão Mongol para a expansão dos seus domínios. Suas primeiras conquistas foram os povos da Sibéria sul-oriental e logo depois o Tibete se tornou vassalo Mongol.
O filme retrata porém apenas a parte inicial da vida de Gêngis Khan, retratando a saga de três amigos de infância, três irmãos juramentados. Um deles foi iniciado no sacramento e cresceu para ser um grande xamã. Os outros dois seguiram o caminho da guerra e da nação e foram reconhecidos como líderes. Mas só um deles poderia se tornar o governante da terra. Temudjin foi escolhido e se tornou soberano com o nome de uma antiga divindade, Gêngis Khan. A partir de então foi estabelecida a nação Mongol. O filme retrata as disputas,entre as tribos Mongóis,  que ocorreram, até que Temudjin fosse, finalmente, proclamado o grande Khan entre os Mongóis, realizando um trabalho de unificação das tribos em prol da expansão da nação Mongol.

A expansão dos domínios Mongóis iniciou quando Temudjin fora designado o Gêngis Khan, isto aos 51 anos de idade. Gêngis Khan morreu em 1227, em uma nova campanha militar contra os Xixia. Apesar de seu governo breve, apenas 20 anos, quando ele morreu era o senhor de toda a Ásia Central, de uma parte da China, da Manchúria, da Sibéria meridional, do Afeganistão e do Irã atuais.
Os filhos e netos de Gêngis Khan foram, desde a infância treinados na arte da guerra, portanto após a morte de Gêngis Khan, a expansão do reinado Mongol continuou em um ritmo alucinante. Em 1229 o terceiro filho de Gêngis Khan. Ogodai (1229-1248) tornou-se o novo grande Khan. Em 1246 teve inicio o reinado do neto de Gêngis Khan, o grande Khan Kuyuk (1246-1248). Nesta ocasião o império Mongol já se estendia até Lyon e Chipre. Em 1251 ocorreu à eleição do grande Khan Mangu (1251-1259), filho do quarto filho de Gêngis Khan. Como o império se torna muito vasto, foram designados vice-reis que dariam comando a expansão Mongol. Em 1256 Hulagu, um dos netos de Gêngis Khan é enviado ao Irã como vice-rei. Recebendo o título de Il-Khan. Em 1260 Kublai (1260-1294), sucedeu a Mangu como grande Khan, ele fixou sua capital em Pequim e inaugurou, na China, a dinastia dos Yuan.
Alguns historiadores apontam para o ano de 1260 como o inicio do enfraquecimento do maior império do mundo, O Mongol. Ariq Boke, neto de Gêngis Khan, entra em conflito com o grande Khan Kublai, dando inicio às lutas internas no império. Neste ano os Mongóis sofreram a sua primeira derrota significativa, na batalha de Ain Jalut (Síria). Em 1262 ocorre um conflito entre a vice-realeza mongol do Irã (Il-Khans) e a vice-realeza mongol da Europa Oriental (Horda Dourada, também chamada Canato de Qiptchaq). Em 1370 Tamerlão torna-se o grande emir em Bactra (Balkh), fixou sua capital em Samarcanda e inicia uma campanha vitoriosa contra os divididos Mongóis. O reinado e a expansão do império de Tamerlão duraram até 1405, quando ele morreu a caminho da China.

Partindo da China, Gêngis Khan, o líder de um povo nômade e atrasado, inaugurou um vasto império que seus sucessores souberam aumentar ainda mais. Ao mesmo tempo em que conquistavam territórios, os Mongóis assimilavam o que havia de bom nas outras culturas, se tornando aos olhos dos povos menos bárbaros. Os Mongóis ignoravam a escrita, a vida urbana e a agricultura, e suas crenças se resumiam a feitiçarias grosseiras. Mas esses deserdados nômades possuíam terrível superioridade militar sobre os velhos impérios civilizados, cujas riquezas cobiçavam. Eram cavaleiros imbatíveis. O mongol era essencialmente o arqueiro a cavalo que aparecia, crivava o adversário de flechas, esquivava-se, desaparecia, reaparecia mais ao longe para nova salva, até que o inimigo extenuado e exangue fosse presa fácil para o assalto final.

A singularidade da conquista mongol prende-se à personalidade de Gêngis Khan, chefe de clã analfabeto que passava dos 50 anos ao entrar em cena como imperador. Ao subir ao trono, Gêngis Khan sabia que tinha pouco tempo para realizar a tarefa colossal para a qual tinha sido designado por Tengri, o céu eterno: conquistar um mundo cuja extensão ignorava, explorar-lhes a riqueza e impor a paz. Dominando a arte da guerra, coisa que seu exército já havia provado, restava-lhe construir um Estado exemplar para governar o império de seus sonhos.
Gêngis Khan personificou o apogeu da expansão nômade que, durante dois milênios – com os citas, sármatas, alanos e hunos – abateu-se sobre os povos sedentários da Eurásia. E Tamerlão, sedentário apesar da origem nômade, foi de certa forma o continuador dessa gigantesca vaga nômade que, do Pacífico até a França, movimentou o tabuleiro da xadrez geopolítico.


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