A
ENTREVISTA:
a)
Qual a sua visão sobre a educação?
Eu tenho uma visão
crítica sobre esse assunto, pois entendo que a finalidade do ensino, ou seja,
da educação, deveria ser cooperar para o crescimento de uma sociedade
solidificada e justa. Porém, a defasagem escolar e o descaso político de nosso país
deixam a desejar nas áreas que abrange a educação e com isso um suposto
conhecimento superficial e sem fundamento estão sendo disseminados como sendo
necessários à formação do sujeito.
b)
De que maneira você aplica os conteúdos de
ensino?
Em sala, inicialmente eu pergunto aos meus
alunos (por sondagem) se eles tem noção do assunto que será estudado, para
verificar o nível de conhecimento da sala. É imprescindível conhecer os limites
de saber de cada um, até por uma questão de noção sobre o conteúdo que será
explicado. Após isso, divido com eles o material da aula, para analisarmos os
pontos que estão falhos, caso haja, ou prosseguir em assuntos novos.
Utilizo o método
constitutivo. Fazendo perguntas que os induzam a pensar. Trabalho com materiais
didáticos, produção de texto, cartazes e alfabeto móvel. Na prática,
brincadeiras de caça-palavras, ou jogo do acerto.
c)
Você se baseia em algum teórico? Qual?
Como?
Parto do princípio de que
a educação deve ser transformadora, pois como diria Paulo Freire: “Se a educação
sozinha não transforma a sociedade, sem ela tão pouco a sociedade muda”. Me
apoio na teoria de Paulo Freire, pois ele aborda uma pedagogia autônoma e
transformadora capaz de socializar o educador com o educando, priorizando seu
contexto de vida sem desprezar os conteúdos de forma recíproca, valorizando as
duas partes sem oprimir ou omitir fatos reais. Logo a mediação e os resultados
se tornam prazerosos e significativos.
A AULA:
Como atividade sugerida,
escolhi observar uma aula de Língua Portuguesa no 6º ano do Ensino Fundamental,
ministrada pela professora Kelly, no Colégio Estadual Emília Ferreira de
Carvalho, na cidade de Jataí - Goiás.
O objetivo da observação
foi conhecer, mesmo que superficialmente, as normas e regras de funcionamentos
que regem a aula, adequando ao contexto da qual serão postas em prática como: a
dinâmica, a comunicação, a interação entre o aluno e professor, para o
desenvolvimento do ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa.
Observei, que a
professora Kelly, tem como base teórica o livro didático. Nesta aula de
observação ela trabalhou atividades relacionadas à leitura e a escrita, com o
tema: Linguagem formal e informal, e utilizou atividades impressas elaboradas
por ela com a finalidade de enriquecer o ensino-aprendizagem dos alunos. A
professora utiliza o quadro para dar instruções sobre o que está sendo ensinado
no livro didático e usa exercícios complementares em forma de testes
avaliativos seguidos da correção dos cadernos no final da aula.
A ANÁLISE:
A prática usual
desenvolvida, nesta aula de observação, foi a da aula denominada de expositiva dialogada, a qual
corresponde, em certa medida, à explicação do conteúdo por parte do professor
e, posteriormente, disponibilização de um tempo para a discussão sobre o que
foi exposto para que os alunos se manifestem.
No curto momento que
estive com essa turma, observei que alguns alunos ainda apresentam certa
dificuldade relacionada a leitura e a escrita. Mas, achei relevante a atenção
da professora em relação a esses alunos com dificuldades, utilizando
estratégias diferenciadas como, conduzi-los à sala de leitura com o intuito de
motivá-los a ler diferentes livros como: literatura, contos e poesias.
Ficou constatado que
a professora está bem preparada, e que sabe trabalhar visando o entender, tanto
de seu lado, como do aprendizado dos alunos. Outro ponto positivo, que foi
observado nesta aula, foi referente a construção de exercícios psíquico-motores
e a exposição de uma linguagem atrativa. A professora sente prazer em
transmitir as informações sendo também educadora, procurando, desta forma,
capacitar os alunos para reconstruir significados atribuídos à realidade que
vivemos.
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