Nietzsche
considera que a Metafísica Ocidental deu origem a “Covardia” – a impotência
perante o real – ao ódio, e a vontade de vingança. A interpretação ocidental de
mundo considera que a verdade e o bem não são próprios deste mundo, ou seja, do
mundo sensível ou do mundo do devir. Para Nietzsche, o dualismo sensível -
inteligível é obra de uma vontade débil que não suporta o confronto com o mundo
terreno, vingando-se ao desvalorizá-lo, ao considerá-lo como mundo aparente,
sem consistência, falso.
A moral
da Metafísica ocidental considera este mundo irreal, enquanto que o “outro
mundo”, o mundo do além é superiormente real. Mas essa superioridade não se
baseia na realidade, mas esse “outro mundo”, se torna superior porque satisfaz
o desejo de segurança, de estabilidade, de paz e de repouso que se julga não se
poder encontrar neste mundo, mas ser abundante no mundo do além. Em outros
termos o “outro mundo” é superior porque o julgamos bom e isto se dá porque
pensamos que lá seja o contrário daqui. Aqui há sofrimento, dor e morte, lá no
mundo do além a o gozo, o prazer incomensurável, há a realização de todos os
nossos anseios. A metafísica ocidental é, assim, uma moral disfarçada, uma
visão da realidade condicionada por uma determinada concepção acerca do que é o
bem e do que é o mal. Esta visão moral é segundo Nietzsche, profundamente
imoral.
Com
efeito, o que está na base deste “outro mundo”, que é imaginado como melhor do
que o mundo do devir, o mundo sensível, é o ressentimento, é a vontade de
vingança em relação ao mundo em que vivemos. O mundo do devir é difícil de controlar,
é por deveras ameaçador, provocando muitas vezes angústia e sofrimento.
Sob o
nome de racionalismo tentou-se disfarçar os baixos instintos, a imoralidade, a
partir dos quais se constituiu essa ficção nociva que é o “mundo das ideias”, o
“mundo verdadeiro”, o “mundo inteligível”. Assim Nietzsche com sua filosofia nos
leva a uma desconcertante conclusão da análise genealógica: o “outro mundo”
dito superior, que é ausente das angustias e sofrimentos atuais é uma invenção
de realidades falhadas.
A Razão é
o instrumento de uma vontade de vingança contra a realidade sensível, é um meio
de destituí-la de qualquer valor, de desprezar tudo o que na realidade é
difícil de dominar ou controlar: o corpo, os sentimentos, as paixões, o caráter
imprevisível do devir, no qual a vida consiste. Descobertas as raízes
indecentes da cultura ocidental, a imoralidade e os baixos instintos que
profundamente a determinam, exige-se o derrube dos valores e ideais que,
pretensamente racionais, nada mais são do que a negação de uma racionalidade
saudável.
A
decadência, segundo Nietzsche, começa com a filosofia socrático-platónica. Sócrates
e Platão são as origens sonantes desta perniciosa interpretação. O pensamento
ocidental tem identificado a verdade com o Bem, mas o que se tem considerado
verdadeiro representa uma construção artificial que nega a realidade e o que se
tem considerado bom corresponde a uma condenação de tudo o que é natural, das
raízes profundas da vida. Nietzsche avalia negativamente o pensamento europeu
desde Sócrates até aos nossos dias.
O Ocidente podre é Pederasta!
ResponderExcluirO Ocidente está em muito instituído de uma forma própria de olhar o mundo como sendo os astros que giram em torno de si. Os ocidentais por vários anos tem menos prezados as culturas que não estão sobre o seu controle e comando. Contudo, dizer que são pederastas é de uma profunda falta de imaginação, além de demonstrar que você analisa as coisas de uma maneira um tanto superficial. Ainda há o risco de sua fala ser interpretada como preconceituosa e homofóbica.
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