segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Encruzilhadas da Disparidade

Iêmen – debaixo do sol escaldante, no Uádi Hadhramaut, mulheres usam chapéu para proteger a cabeça enquanto colhem trevos para o gado. Atrás delas se ergue um complexo familiar, fortificado contra ataques de outras tribos. (foto: Steve McCurry)

"Ser realista é saber tomar decisões acertadas, levando em conta um único fator: a própria realidade".
"A dor mais amarga é a dor presente".
"Se teu cão passa fome, qualquer pessoa que oferecer um pedaço de comida consegue afastá-lo de ti".
"A cadeia é para os homens; as lágrimas, para as mulheres".
(Provérbios árabes)

Estrategicamente localizado no cruzamento da África, Oriente Médio e Ásia, o antigo Iêmen se tornou rico através do comércio de especiarias. Este pequeno país era tão rico que os romanos o chamavam de “Arábia Felix” (Arábia Feliz). O Imperador Romano Augusto César tentou, mas não conseguiu anexar o território do Iêmen ao mundo Romano. Hoje, como contraste, o Iêmen é o país mais pobre do mundo árabe. Enfrentam diariamente problemas com o desemprego crônico, minguante abastecimento de petróleo e água, altos índices de analfabetismo, a corrupção do governo e a guerra entre as tribos. Esse cenário fortaleceu a presença da Al-Qaeda, que se tornou uma ameaça para as pessoas simples, que querem apenas sobreviver a este mundo conturbado e insano.

Mulheres no Iêmen, caminham até um campo de trevos, para colherem alimento para o gado. (foto: Steve McCurry)

As lágrimas realmente têm sobrado para essas mulheres que, na ausência de seus maridos - presos ou em combate – tem que lutarem para manter o pouco que lhes resta e também para manterem os filhos.

Mulheres no Iêmen fazem fila para votar. (foto: Steve McCurry)

É de admirar que em meio a um mundo tão desigual, que viu com o passar dos anos, pela cobiça e ganância, o país sair da riqueza e mergulhar em uma extrema pobreza, ainda se conserve hábitos tradicionais na vestimenta, na criação de filhos, no comportamento e na devoção aos seus deuses. Acima de tudo impressiona ver que essas mulheres, que se escondem em suas roupas escuras, são modernas, lutam por seus direitos e buscam um mundo melhor para si e para os seus. Isso sem deixar de lado a sua cultura.








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