Critilo descreve a entrada de Fanfarrão, Minésio,
no Chile, aparentando uma piedade da qual não é possuidor. Ele pede que Doroteu
abandone o que estiver fazendo e dê atenção ao que ele irá lhe contar. Diante a
conhecer as façanhas do D. Quixote às avessas, qualquer atividade que Doroteu
esteja a realizar, são comparadas com sonhos desconecto da realidade, daqueles
que se tem durante os sonos profundos.
Ah! Tu, Catão severo, tu que estranhas
O rir-se um cônsul moço, que fizeras
Se em Chile agora entrasses e visses
Ser o rei dos peraltas quem governa?
Já lá vai, Doroteu, aquela idade
Em que os próprios mancebos, que subiam
À honra do governo, aos outros davam
Exemplos de modéstia, até nos trajes.
(Versos 93 a 100)
Minésio, o governador dos peraltas, está rodeado
de lacaios que estão a lhe aplaudir os atos e estes mesmos se empenham em
engrossar a corrupção se comportando como verdadeiros senhores soberanos que a
nada temem e a ninguém respeitam. Dentre estes se destacam Robério e Matúsio.
O comportamento de Fanfarrão é tão absolutista,
que Gonzaga diz que os céus têm outra configuração, não se vê mais o Sol e a
Lua, no lugar sobe um cometa que cobre toda a terra com sua cauda. Pobre Chile!
Melhor seria se tivesse sido acometido pelas pragas do Egito. Depois que toma
posse, Minésio, trata a todos com um desprezo que os faz sentirem saudades do
governante anterior.
EU TE AMO DEMAIS
ResponderExcluirrsrs... Beijos Mariana Noviello
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