Critilo maldiz o seu coração de poeta, que não o
deixa aproveitar a vida, que exige dele que complete logo a sua história. Para
escrever outra carta para Doroteu, Critilo dispensa banquete na casa de Alceu.
Na sua 4ª carta, Critilo continua discorrendo sobre a construção onerosa da
cadeia pública, em que escravos e presos tem de trabalhar todos os dias sem
nenhum descanso semanal.
Responde, louco chefe, se podes
Tais violências fazer. Não era menos
Lançares sobre os povos um tributo?
Os homens que tem carros e os que vivem
De víveres venderem são, acaso,
Aos mais inferiores nos direitos?
Esta cadeia é sua, porque deva
Sobre eles carregar tamanho peso?
(versos 230 a 237)
O
grande chefe não cansa de suas peraltices. Manda confiscar o carro usado na
construção de um templo religioso, mantido por esmolas dos devotos e dos que
pelas bênçãos do Cristo foram atendidos. Como justificativa, Fanfarrão, diz que
quando Cristo esteve na terra mandou que Pedro pagasse o imposto por ele,
portanto, não devia a imagem do Cristo, também continuar no mesmo proceder do
seu real?
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