1.
Renuncie a necessidade de ser o melhor do seu
grupo. Escrever é uma
questão de criatividade e a criatividade se alimenta, em partes, do ego. Os
escritores amam seus textos, seu estilo, seu gênero, e não raro, tendem a
menosprezar os outros se colocando num lugar superior. Em todo grupo de pessoas
é irrefutável o desejo, do escritor, de estar acima, de ser a referência. Ainda
que nesse momento não o seja, o escritor pensa com ele mesmo, que é injusto o
lugar em que se encontra, que deveria ser o primeiro e que tem
qualidades melhores do que o outro. Mas, esta atitude não tem nada a ver com a
melhoria da escrita, é simplesmente uma questão de posição. Que diferença fará,
para seus escritos, se você é o primeiro ou o sexto? Será que seu ego é tão grande
assim?
2.
Renuncie a sua necessidade de controlar tudo.
Temos a necessidade de controlar tudo que
colocamos sobre o papel (estrutura, eventos, linguagem, sintaxes). Deixe que
sua escrita flua sem críticas, sem controle, sem censura prévia. Haverá, depois,
um tempo para que sejam feitas as revisões e as correções necessárias, mas no
momento da criação deixe-se levar. (Deixando as coisas irem, permites que
tudo se faça. Ganham o Mundo aqueles que relaxam. Mas é preciso tentar, tentar
e tentar novamente. Lao Tse)
3.
Deixe de culpar outros. Renuncie a necessidade de culpar aos outros
pelo que você escreve ou deixa de escrever, pelo que produz, pelo que abandona.
Não dê poder aos outros sobre suas produções e comece a aceitar a
responsabilidade sobre seu tempo de escrever, sua dedicação, suas preferências
e seus textos.
4.
Deixe de ter atitude autodestrutiva e de
falar mal de seus textos. Quantas
pessoas menosprezam a si mesmas por causa do pensamento negativo, baixa
estima e mentalidade autodestrutiva? Não acredite em tudo que sua mente diz
sobre você (em especial se for negativo e contraproducente). Você é melhor do
que isso e o fato de sentar-se regularmente para escrever já mostra isso. (A
mente, se usada corretamente e espetacular. Porém, com um uso impróprio se
torna muito destrutiva. Eckhart Tolle)
5.
Não tenha Limites de criatividade. Pensar que há coisas que você não pode
escrever limita seus textos. A partir de agora não permita que suas crenças,
seus pudores, seus medos capturem sua criatividade. Tudo se pode alcançar por
meio de esforço e dedicação. O difícil pode ser alcançado. O que parece impossível, leva
mais tempo, mas também pode ser alcançado.
6.
Pare de se queixar. Deixe de ficar se queixando das coisas, das
pessoas, das situações e dos acontecimentos que te impedem de desfrutar de sua
paixão por escrever. Ninguém pode fazê-lo infeliz, nenhuma situação pode
impedi-lo de fazer o quer e desfrutar disso, a menos que você o permita. Não
são os acontecimentos que provocam esses sentimentos em você, mas sim a forma
como você escolhe sentir-se diante desses acontecimentos. As queixas
incrementam a negatividade. Nunca subestime o poder do pensamento positivo.
7.
Esqueça as criticas mal-intencionadas. Pare de criticar agressivamente os livros,
gêneros, histórias ou escritores que são diferentes dos seus e dos que você
gosta. Todos somos diferentes, mas no final todos somos os mesmos. Todos queremos
ser felizes escrevendo, no final se trata exatamente disso. Todos queremos ser
compreendidos, queremos comunicar-nos, queremos transmitir nossas ideias e
queremos fazê-los do nosso jeito.
8.
Renuncie sua necessidade de impressionar. Deixe de tentar tão intensamente escrever
algo que simplesmente você não sente, somente para se parecer com outro
escritor. Não funciona assim. No momento em que você deixa de tentar ser como
outro, que deixa cair as máscaras, que aceita e abraça o seu verdadeiro eu,
encontrará a sua voz e com ela os seus leitores, e isso, sem muito esforço.
9.
Renuncie a inércia e a sua resistência a
mudanças. Ninguém é o mesmo
que era ontem, com os textos acontece o mesmo. A mudança é boa, nos faz
incorporar novas ideias e pontos de vista, nos faz evoluir. A mudança te
ajudará a alcançar melhoras em sua forma de escrever, levando em conta aspectos
que antes lhe escapavam. Se realmente prestamos atenção e vamos assimilando os
conhecimentos novos, a mudança será uma evolução. (Siga buscando a
felicidade e o universo abrirá portas onde só havia muros – Joseph Campebell)
10. Esqueça
os rótulos. Deixe
de rotular todas as coisas que escreve, as histórias que lê, os escritores
novos ou aquilo que a principio não compreende, como algo estranho, louco ou
simplesmente errado. Procure abrir sua mente pouco a pouco às diferentes formas
de expressão, às diferentes formas de transmitir ideias e sentimentos. Sua mente
só funcionará a 100% quando estiver totalmente aberta. (A forma mais elevada
da ignorância é quando alguém rejeita algo do qual não sabe nada – Wayne Dyer).
11. Renuncie
ao medo de se expor. O
medo é só uma ilusão, não existe, você é quem o cria. Tudo está em sua mente,
criando limites e te censurando. Se der o seu melhor e se esforçar em escrever
do seu jeito, o resultado será satisfatório e terá motivos para se orgulhar. (A única
coisa que temos a temer é nosso próprio medo – Franklin D. Roosevelt).
12. Pare
de inventar desculpas. Identifique-as
e elimine-as de sua rotina. Não precisa mais delas. Muitas vezes nos limitamos,
nos damos pouco tempo para escrever ou evitamos a história que realmente
queremos contar, por causa das muitas desculpas que temos a nossa mão, prontas
para serem usadas. Em vezes de crescermos e trabalharmos para melhorar nossa
escrita, nossa história, nossos textos, ficamos presos e mentimos para nós
mesmos usando todo tipo de desculpas possíveis, que em 99,9% das vezes, nem
sequer são reais.
13. Abandone
o passado. Eu
sei, eu sei. É difícil. Especialmente quando parece que no passado escrevíamos
com mais fluidez, com mais ímpeto, tínhamos milhões de ideias na cabeça e
parece que agora formou-se um bloqueio em nossa mente. Mas, você deve levar em
conta que o momento presente é tudo que temos e é o que sempre teremos. Deixe de
enganar a você mesmo: O melhor momento para escrever é agora mesmo. Tenha uma
visão correta do futuro, prepare-se para ele, mas sempre comece a escrever
agora.
14. Abandone
o seu apego a sua antiga forma de escrever. No momento em que você se soltar de sua escrita de
anos atrás, de suas condições, suas manhas e vícios, seus textos se tornarão fluidos,
constantes e criativos, ao ponto de te surpreender. Você pode chegar ao ponto de
compreender as coisas que fazia mal e corrigi-las, melhora-las, sem estresse,
sem mal-estar. Seu melhor e mais implacável crítico construtivo deve ser você
mesmo e quando for capaz de identificar os defeitos em sua escrita será também
capaz de supera-los.
15. Pare de escrever segundo as expectativas dos outros. Muitos escritores tentam criar uma obra que não é sua. Procuram escrever
de acordo com o que outros pensam; tentando agradar seus parentes; seus amigos;
seus inimigos; seus professores; seus governantes e os meios de comunicação,
ignorando assim sua voz interior. Estão tão ocupados escrevendo sem alma, para
agradar ao mundo a sua volta, tentando estar à altura das expectativas das
outras pessoas, que perdem o controle sobre suas histórias. Deixam de desfrutar
o prazer de escrever o que gostam, o que necessitam, o que querem. Esquecem de
si mesmos. Você quer comunicar-se, escrever essa fantástica história que tem em
sua cabeça, do seu jeito? Então, não deixe que as opiniões dos outros te
desviem do seu caminho. Em nossos textos, como em nossa vida, vamos acumulando
coisas, umas úteis e outras pesadas e sem utilidade. Saber distingui-las e ir
liberando o lastro é o que nos torna sábios.